A seletividade alimentar é um problema comum enfrentado por muitos pais e cuidadores de crianças. A recusa alimentar infantil pode gerar muita preocupação e ansiedade, especialmente quando se trata de crianças pequenas que estão em fase de crescimento e desenvolvimento. Mas, afinal, o que é a seletividade alimentar e como lidar com ela?
A seletividade alimentar é caracterizada pela recusa persistente ou pela restrição de alimentos por motivos sensoriais, motoros ou emocionais. Isso pode acontecer por diversas razões, desde preferências pessoais até condições médicas. Alguns fatores que podem influenciar a seletividade alimentar incluem idade da criança, rotina, habilidades motoras e sensoriais, alergias e condições médicas.
Comer é uma experiência sensorial e motora, e algumas crianças podem ter dificuldades com a alimentação devido a um componente sensorial, como a textura, o sabor ou o cheiro dos alimentos. Outras podem ter dificuldades com um componente motor, como a mastigação, a deglutição ou a coordenação motora oral. E algumas podem ter dificuldades com ambos os componentes.
A seletividade alimentar pode se manifestar de diversas formas, como a recusa alimentar específica, a recusa de grupos alimentares inteiros, a dificuldade em aceitar novos alimentos e a dependência de alimentos familiares ou de uma dieta restrita. Essas crianças muitas vezes podem recusar alimentos, ter dificuldade com as transições alimentares ou se tornarem muito seletivas.
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É importante entender que a recusa alimentar não é uma escolha consciente da criança, mas sim um comportamento aprendido e condicionado. Portanto, é muito mais fácil prevenir a seletividade alimentar estimulando bons hábitos do que tratá-la depois de estabelecida. Aqui estão algumas dicas para lidar com a recusa alimentar infantil:
Dicas para lidar com a recusa alimentar infantil
1. Estabeleça uma rotina alimentar
Uma rotina alimentar consistente pode ajudar a estabelecer bons hábitos alimentares e a reduzir a ansiedade em torno da comida. Tente oferecer refeições e lanches em horários regulares e estabelecer um ambiente tranquilo e agradável para as refeições.
2. Ofereça uma variedade de alimentos
Ofereça uma variedade de alimentos saudáveis e coloridos para estimular o paladar e a curiosidade da criança. Tente incluir pelo menos um alimento que a criança goste em cada refeição, mas também tente oferecer novos alimentos em pequenas quantidades.
3. Faça a comida parecer atraente
A aparência dos alimentos pode ter um grande impacto na vontade da criança de experimentá-los. Tente fazer a comida parecer atraente e apetitosa, usando cores vibrantes e apresentando os alimentos de forma criativa. No aplicativo Garfinho temos uma série de atividades lúdicas para fazer com as crianças no momento da refeição.
4. Envolve as crianças no processo de escolha e preparação dos alimentos
Envolver as crianças no processo de escolha e preparação dos alimentos pode aumentar o interesse e a vontade de experimentar novos alimentos. Tente levá-las ao supermercado ou à feira e depois permita que elas ajudem na preparação da comida, como lavar legumes, misturar ingredientes ou montar um prato colorido e divertido.
5. Seja um modelo alimentar positivo
As crianças aprendem muito com o exemplo dos adultos, por isso é importante ser um modelo alimentar positivo. Tente comer alimentos saudáveis e variados na frente das crianças e evite fazer comentários negativos sobre a comida. Isso pode ajudar a incentivar a criança a experimentar novos alimentos.
6. Não force a criança a comer
Forçar a criança a comer pode ter o efeito contrário, aumentando a aversão e a ansiedade em torno da comida. Tente oferecer os alimentos de forma tranquila e sem pressão, permitindo que a criança escolha a quantidade e o que ela quer comer.
7. Procure ajuda profissional, se necessário
Se a seletividade alimentar da criança persistir e afetar sua saúde e desenvolvimento, pode ser necessário procurar ajuda profissional. Um nutricionista infantil ou um psicólogo pode ajudar a identificar as causas da seletividade alimentar e a desenvolver um plano de tratamento adequado.
Em resumo, a seletividade alimentar é um problema comum enfrentado por muitos pais e cuidadores de crianças. É importante entender que a seletividade alimentar não é uma escolha consciente da criança, mas sim um comportamento aprendido e condicionado.
Portanto, é importante estabelecer bons hábitos alimentares desde cedo, oferecendo uma variedade de alimentos saudáveis e coloridos, envolvendo as crianças no processo de escolha e preparação dos alimentos, sendo um modelo alimentar positivo e evitando forçar a criança a comer. Se a seletividade alimentar persistir e afetar a saúde e o desenvolvimento da criança, pode ser necessário procurar ajuda profissional.
Quer entender melhor sobre a recusa alimentar infantil? Acesse o guia “Crianças super seletivas” no nosso app Garfinho, disponível gratuitamente em Android e IOS.
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