A introdução alimentar é um período de grande novidade para a família e, em muitos casos, de ansiedade para os pais, pois queremos sempre o melhor para os nossos filhos, não é mesmo? Queremos garantir uma introdução alimentar de sucesso.
Neste texto você vai descobrir 6 coisas que, apesar de bastante comuns, são bem danosas para esse momento tão importante e, por isso, nunca devem ser feitas, independente da forma de introdução alimentar, combinado?
O que não fazer para uma introdução alimentar de sucesso
1. Não inicie a introdução alimentar antes dos 6 meses
Antes dos 6 meses ele só precisa de leite (materno ou fórmula). Então ele não precisa, nem deve, experimentar nada. Antes disso, o sistema imunológico e digestivo ainda são imaturos, o que aumenta a chance de desenvolver intolerância a certos alimentos, alergias, obesidade, entre outros problemas.
Por isso, a Organização Mundial da Saúde, o Ministério da Saúde e a Sociedade Brasileira de Pediatria orientam leite materno ou fórmula exclusivos até os 6 meses. Se o seu pediatra indicar iniciar antes dos 6 meses, ele está desatualizado. O ideal é buscar uma nutricionista materno-infantil para te orientar. Não é porque o bebê já está curioso com a comida ou porque você está indo voltar ao trabalho que a introdução alimentar deve ser iniciada antes, ok? Isso não faz parte de uma introdução alimentar de sucesso.
2. Não liquidifique os alimentos
Atualmente não se recomenda que os alimentos sejam batidos no liquidificador e muito menos passados na peneira, dessa forma o bebê tem uma ingestão maior e com menor quantidade de calorias e de nutrientes, além disso ele demora muito pra desenvolver a mastigação e motricidade oral.
Os alimentos devem ser oferecidos em pedaços, como no BLW, ou apenas amassados com um garfo, como na IA participativa, além de serem servidos separadamente. No BLW, a comida estará em um formato adequado e seguro para que ele consiga levar o alimento à boca e mastigar com a gengiva.
O BLW dá uma super independência aos bebês e promove uma relação positiva com os alimentos para a vida toda! Eles aprendem suas formas, cores, texturas e sabores o que reduz as chances de se tornarem seletivos mais tarde.
É possível introduzir o BLW em qualquer idade, mas o ideal é já fazer a transição para os sólidos lá pelos 9 meses, e a recomendação do Ministério da Saúde é que aos 12 meses o bebê já esteja comendo a mesma comida que a família. No nosso app BLW Brasil você encontra dicas de como oferecer os alimentos de forma segura e como fazer a transição (além de muito mais conteúdo).
3. Não obrigue/force o bebê a comer
Isso só causa um efeito contrário e ele pega “birra” do alimento, fora o SEU estresse emocional em fazer isso. Lembre-se de que o leite materno ou fórmula é o principal alimento do seu bebê, e que ele ainda não entende o que é “comer”. É muito importante que os sinais de saciedade do bebê sejam respeitados, com o tempo você começa a reconhecer a forma dele dizer que não quer mais.
Como o próprio nome diz, trata-se de uma introdução aos alimentos, ou seja, o bebê está descobrindo as cores, texturas, cheiros e sabores de cada um dos alimentos oferecidos a ele, às vezes nem vai tocar em nada, outras vai esmagar tudinho ou colocar na boca e cuspir, e muito poucas vezes ele vai comer de fato (tem bebês que só farão isso lá pelos 10 ou 11 meses), mas nunca esqueça que o principal alimento do bebê até o seu primeiro aninho é o leite (materno ou fórmula).
A responsabilidade de escolher alimentos saudáveis e de qualidade é nossa, mas a quantidade quem regula é o bebê. Isso é absolutamente esperado, então se o seu bebê não quis comer hoje, isso já aconteceu com 100% das mães em algum momento! Fique tranquila, tá? Forçar não faz parte de uma introdução alimentar de sucesso.
4. Não distraia o bebê para que ele coma mais
Ele precisa prestar atenção no que está comendo e aprender a ativar a autorregulação dele para saber quando está com fome e quando não está (coisa que muitos de nós adultos infelizmente não conseguiram aprender e hoje passam a vida fazendo dieta porque comem sem controle, não é?). A campeã das distrações é a TV (ou celular/tablet). Além de atrapalhar a autorregulação, aumenta o risco de engasgo, já que ele não presta tanta atenção no que está fazendo.
Quer mais um motivo? Costuma ser um caminho sem volta, depois o bebê só vai conseguir comer se tiver essa distração. Sei que às vezes bate o desespero e queremos fazer qualquer coisa para que ele coma, mas ele precisa se conectar com aquele alimento e vendo TV isso se perde.
Confie em mim: não faça isso! 💚
5. Não deixe de amamentar para que ele coma mais
No início o bebê não sabe que os outros alimentos também matam a fome, então se você não der o leite (materno ou fórmula) isso só o deixará mais irritado. O leite (materno ou fórmula) deve ser o principal alimento até 1 ano de idade por ser muito mais nutritivo do que qualquer outro alimento que existe. Até então ele só consegue reconhecer o desconforto da fome, e como ele ainda não sabe comer, não irá associar o alimento ao alívio de que precisa.
A IA é apenas o primeiro contato para o bebê aprender, explorar e se acostumar com a comida para estabelecer uma boa relação com os alimentos pro resto da vida, então não tenha pressa. O leite NÃO deve ser oferecido como sobremesa, ele é o alimento principal e deve ser oferecido antes das refeições.
Muitos bebês também pedem o peito também durante ou depois de comer. E tá tudo bem! O peito não é apenas leite, é mãe, é conforto, é mimo, é sono, é amor. Você deve apresentar a comida a um bebê calmo, que não esteja ansioso ou com fome, para que a experiência seja mais prazerosa para ele.
6. Fuja de redinhas de alimentação, alimentadores anti-asfixia, chupetas alimentadoras…
Os nomes são diversos e atrativos, pois a indústria sempre faz coisas legais que chamam a atenção dos pais para gastarem dinheiro acreditando nas promessas de sucesso na alimentação de seus filhos. Mas é propaganda enganosa, porque ao invés de ajudar, atrapalha (exceto em casos raros de alguma patologia ou tratamento acompanhado por profissional).
Esses objetos prometem oferecer os alimentos ao bebê sem o risco de engasgo, assim algumas mães se encorajam a lhes oferecer antes mesmo dos 6 meses, mas é preciso lembrar que iniciar precocemente não é adequado, pois o sistema digestório de um bebê que não apresentou os sinais de prontidão ainda não está pronto. Mesmo que seja somente para sentir o “gostinho”, esse brinquedinho aí pode representar um risco real para sua saúde.
Oferecer o alimento diretamente é importante para que o bebê adquira o controle oral e não engasgue, ele necessita aprender a manipular o alimento. Esses objetos podem causar intoxicação, alergias e até doenças (especialmente diarreia e colite), devido à dificuldade de higienização com a possível proliferação de bactérias.
Além disso, tudo que fazem é extrair suco/caldo, sendo que sucos (mesmo os naturais caseiros) não são recomendados antes dos 12 meses (após só cerca de 100ml, eventualmente), devido ao excesso de frutose (açúcar das frutas) e a falta das fibras.
Estes são alguns dos segredos para uma introdução alimentar de sucesso!
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