“Comer, comer, é o melhor para poder crescer.” Essa música que cantávamos tanto na nossa infância, reflete a importância da alimentação para as crianças, inclusive sabemos que este é um tema que gera muitas preocupações dos pais, principalmente se seus filhos não estão comendo. Desde a amamentação até a introdução alimentar e seguindo para a alimentação infantil, surge uma palavra comum nas consultas pediátricas: suplemento alimentar infantil.
Mas será que ele é realmente necessário? Vamos falar sobre isso logo abaixo!
Suplemento alimentar e os primeiros anos de vida
No nascimento, os bebês são tão pequenos, mas crescem rapidamente nos primeiros anos. É fundamental garantir que recebam todos os nutrientes necessários para esse desenvolvimento acelerado.
O aleitamento materno é recomendado pela Organização Mundial de Saúde (OMS) até os seis meses, oferecendo não só nutrição, mas também imunidade e desenvolvimento cerebral.
Leia nosso artigo: 8 benefícios do aleitamento materno para o bebê (e 5 para a mãe)
A introdução alimentar na primeira infância desempenha um papel crucial na formação do paladar das crianças. Estimular o consumo de alimentos saudáveis e variados é essencial, pois influencia as preferências alimentares ao longo da vida e reduz o risco de obesidade e doenças cardíacas na fase adulta.
O papel do ferro na nutrição infantil
Entre os nutrientes essenciais, o ferro se destaca no desenvolvimento infantil. Sua presença é vital para a produção de hemoglobina, transporte de oxigênio e desenvolvimento do sistema nervoso central. A Sociedade Brasileira de Pediatria recomenda a suplementação preventiva de ferro desde os três meses até os dois anos de idade em certos casos.
A importância da vitamina D
A vitamina D, essencial para a absorção de cálcio e fortalecimento ósseo, muitas vezes requer suplementação, especialmente em crianças que não recebem exposição solar adequada. Avaliar a qualidade da alimentação e realizar exames são passos fundamentais antes de iniciar o uso de qualquer suplemento alimentar infantil.
Pode ser que a criança tenha alguma condição específica ou contraia alguma infecção gastrointestinal, fazendo ser necessária a suplementação de ferro, mas é exatamente por isso que é importante avaliar individualmente cada situação.
Quando é feita uma nutrição adequada desde cedo, o uso de suplemento alimentar pode ser dispensável.
Desafios na alimentação infantil
Alguns pais enfrentam desafios com a seletividade alimentar de seus filhos. Embora os pais busquem oferecer uma variedade de alimentos, as crianças podem manifestar preferências alimentares específicas, demandando estratégias diferentes. No nosso aplicativo Garfinho temos uma série de atividades e estratégias para lidar com essa fase, baixe gratuitamente para Android e IOS.
Por isso, é muito importante promover a diversidade alimentar desde cedo e compartilhar dicas para encorajar crianças a experimentarem alimentos variados.
Dê preferência a compra de alimentos frescos, da estação, e priorize a inclusão de opções ricas em nutrientes como feijão, lentilhas e vegetais verde-escuros na dieta das crianças.
Whey Protein para crianças, pode?
O uso de whey protein por crianças é uma questão delicada. Embora seja uma fonte de proteína, as necessidades proteicas das crianças são menores, e a suplementação só deve ser considerada com recomendação profissional. Além disso, a presença de adoçantes torna o consumo desaconselhável para os pequenos.
Vamos às contas: uma criança saudável precisa de cerca de 0,8g a 1g de ptn por kg de peso corporal/dia. Logo, se a criança pesa 15kg, ela vai precisar de uma média de 15g de ptn/dia.
Isso equivale a: 2 ovos ou 1 xícara de feijão cozido ou 60g de carne. Ou seja, precisa de pouco pra bater essa meta. Sendo assim, o whey protein não deve ser consumido por crianças a não ser que seja prescrição de uma nutricionista infantil ou pediatra.
É crucial entender que o uso de suplemento alimentar deve ser feito sob orientação médica. Não é apenas sobre promover o crescimento, mas também garantir um futuro saudável e prazeroso. O exagero na suplementação pode acarretar riscos à saúde, portanto, é sempre recomendável buscar orientação profissional.
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