Descubra estratégias eficazes para prevenir alergias alimentares na introdução alimentar do seu bebê. Saiba quais alimentos introduzir e como agir para reduzir o risco. Confira!
Quando chega o momento de iniciar a introdução alimentar do bebê, muitas dúvidas aparecem. Como fazer, por qual alimento começar, qual abordagem usar, e por aí vai. Mas um questionamento que também pode surgir é:
O que podemos fazer para evitar/prevenir que o bebê tenha alergia alimentar?
Essa dúvida tem sido cada vez mais comum porque os casos de alergia alimentar estão cada vez mais frequentes. Agora, diante dessa informação, o que precisamos fazer? É possível reduzir o risco de alergia alimentar? Como deve ser a introdução alimentar a partir desse ponto de vista? É preciso evitar algum alimento mais alergênico? Deve haver algum cuidado especial? Vamos então aos esclarecimentos!
Desde o início da introdução alimentar, você pode e deve oferecer todos os alimentos adequados para a idade (frutas, legumes, vegetais em geral, cereais, proteínas animais).
Não há necessidade de dar a mesma fruta por vários dias, ou dar só um legume por vez. Isso só atrasa muito a apresentação dos diferentes alimentos ao bebê, não vai evitar uma possível alergia e traz uma preocupação excessiva para os pais.
O que pode ser feito como cuidado adicional é não introduzir os alimentos mais alergênicos ao mesmo tempo, no mesmo dia. E essa medida visa facilitar o reconhecimento de qual o alimento causou uma eventual reação alérgica.
E quais são esses alimentos mais alergênicos?
São eles: ovo, amendoim, peixes, frutos do mar, castanhas, trigo, soja e leite de vaca. Isso inclui preparos que contenham esses alimentos ou derivados deles. Lembrando que se o bebê já tem diagnóstico de alergia a algum alimento (como o leite de vaca), esse alimento não deve ser oferecido.
Leia também: Alergia ao leite de vaca ou intolerância à lactose? Entenda as diferenças
E por falar em alimentos alergênicos, é importante ressaltar que eles não devem ser evitados, se o bebê não tem um diagnóstico já estabelecido de alergia a esses alimentos. Além disso, a introdução desses alimentos não deve ser postergada (atrasada).
Havia uma recomendação antigamente que dizia pra oferecer ovo depois dos 7-8 meses, peixe depois de 1 ano, algumas frutas depois de 1 ano. Mas com o avançar dos estudos clínicos em alergia alimentar, foi visto que essa conduta não é adequada. Isso não previne o desenvolvimento de uma alergia e pode até aumentar a chance de o bebê apresentar alergia a um desses alimentos.
Aliás, o que os estudos têm indicado é que oferecer alimentos mais alergênicos, especialmente aqueles que fazem parte do hábito alimentar da família, ainda nos primeiros meses da introdução alimentar pode reduzir o risco de alergia a esses alimentos. Esse período, que compreende aproximadamente dos 6 meses aos 9-12 meses de idade, é o período da chamada janela imunológica, em que o sistema imune tem uma tendência maior a desenvolver uma tolerância aos alimentos. Desenvolver tolerância significa que o sistema imune reconhece o alimento de forma adequada e não desenvolve uma resposta alérgica a ele.
Mas outro ponto muito importante é…
Ao introduzir esses alimentos considerados mais alergênicos, eles devem ser mantidos na rotina alimentar do bebê. Ou seja, a recomendação não é apresentar o alimento uma vez e “pronto, está resolvido”. Pelo contrário, o alimento deve permanecer nas refeições do bebê de forma frequente (se possível umas 2-3 vezes por semana).
Um outro cuidado que tem se mostrado interessante é com relação à introdução de ovo de galinha, principalmente para aqueles bebês com maior risco de alergia alimentar (como aqueles que tem dermatite atópica). Tem sido recomendado que a introdução seja realizada com ovo bem cozido, mantendo assim por um tempo e depois passar a oferecer o ovo frito ou mexido. Isso pode reduzir o risco de alergia ao ovo (lembrando que reduzir o risco não significa certeza de evitar, mas é uma tentativa válida).
Não é demais esclarecer que não existe nenhuma medida capaz de prevenir completamente a alergia alimentar. Ou seja, as medidas que mencionei aqui tem o objetivo de reduzir o risco ou mesmo de não aumentar esse risco.
Por fim, precisamos nos lembrar que somente cerca de 6% das crianças menores de 3 anos irão apresentar alguma alergia alimentar. Ou seja, a grande maioria dos bebês não terá alergia a nenhum alimento. Tome cuidado para que a introdução alimentar não se torne um peso, um estresse ou um medo constante. Aproveite essa fase única do seu filho!
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