Alimentação após os 2 anos: o que muda e como lidar com essa fase

Descubra o que muda na alimentação após os 2 anos e veja dicas para lidar com o apetite, neofobia alimentar e transição do leite.

Quando seu filho completa 2 anos, é comum surgir aquela dúvida sobre como deve ser a alimentação nessa fase, certo? Não se preocupe, porque aqui vamos explicar tudo o que você precisa saber para passar por esse momento sem estresse.

Sabemos que, nessa fase, muitas coisas mudam, e pode parecer confuso no início, mas acredite: é mais simples do que parece!

A alimentação após os 2 anos mudou? Não se preocupe!

Alimentação após os 2 anos mudou, o que fazer

Por volta dos 2 anos, é totalmente normal que o apetite da criança diminua. Isso acontece porque, nessa idade, o ritmo de crescimento e ganho de peso desacelera bastante. O corpo, sempre muito sábio, ajusta o apetite de acordo com suas necessidades energéticas. Em outras palavras: se seu filho está gastando menos energia, ele precisa comer menos.

Então, se você notar que seu pequeno não está comendo como antes, não precisa se preocupar! A redução do apetite é uma resposta natural do corpo. O importante aqui é lembrar que o que a criança come e como ela come são fatores muito mais relevantes do que a quantidade ingerida.

A importância da alimentação sólida

Outro ponto crucial é a transição da fórmula infantil. Nessa fase, a criança já não deve mais consumir fórmula, especialmente aquelas de segmento 3 ou compostos lácteos. A partir dos 2 anos, a principal fonte de nutrientes da criança deve ser a alimentação sólida, rica em alimentos de verdade.

Manter a fórmula nessa fase pode inclusive reforçar a seletividade alimentar ou a recusa a certos alimentos, já que a criança pode acabar preferindo o sabor doce e fácil de digerir das fórmulas. É hora de encorajar o seu filho a comer os alimentos que estão no prato, e não depender mais da mamadeira!

E o leite materno, como fica?

Agora, se seu filho ainda mama leite materno, a notícia é boa: você não precisa desmamá-lo, a menos que seja uma escolha sua. Não há uma necessidade médica para interromper o aleitamento aos 2 anos, e, na verdade, muitos especialistas incentivam a amamentação enquanto for confortável para você e seu filho. A amamentação ainda oferece benefícios nutricionais e afetivos importantes. Ou seja, você pode seguir nesse ritmo enquanto for conveniente para os dois! Falamos mais sobre isso neste artigo aqui.

Neofobia alimentar: o medo de experimentar o novo

Aos 2 anos, também é comum que a criança apresente um comportamento conhecido como neofobia alimentar. Isso significa que ela pode começar a rejeitar novos alimentos ou aqueles que não são tão familiares. Esse medo de experimentar coisas novas é natural, e pode piorar a seletividade alimentar nessa fase.

Nesses casos, a dica é oferecer os alimentos de forma leve e sem pressão. Transforme a refeição em um momento agradável, sem forçar a criança a comer o que ela não quer, mas também sem ceder completamente. Continue oferecendo uma variedade de alimentos, mesmo que ela rejeite alguns. Com o tempo, essa fase vai passar.

Introdução ao açúcar: com cautela!

De acordo com as diretrizes da Sociedade Brasileira de Pediatria, a partir dos 2 anos a criança já pode ter contato com o açúcar, mas atenção: isso não significa que ele deve fazer parte da rotina alimentar. Produtos açucarados devem ser reservados para momentos esporádicos, como festas ou eventos especiais. O foco da alimentação deve continuar sendo os alimentos naturais, como frutas, verduras, legumes, grãos e proteínas de qualidade.

O açúcar, quando consumido em excesso, pode contribuir para problemas de saúde no futuro, como obesidade e cáries. Por isso, mantenha a moderação e continue priorizando os alimentos que nutrem de verdade.

Leia mais: Doces após os 2 anos, como lidar?

Como lidar com a alimentação após os 2 anos?

Se você está enfrentando dificuldades com a alimentação após os 2 anos, saiba que isso é super comum! Não é fácil para ninguém, mas algumas estratégias podem ajudar:

  • Ofereça alimentos variados e coloridos, que chamem a atenção da criança.
  • Transforme as refeições em um momento de interação e diversão. Deixe seu filho participar do preparo ou escolha do que vai comer.
  • Evite distrações, como televisão ou tablets, durante as refeições, para que ele possa focar no que está comendo.
  • Respeite o tempo da criança. Não force, mas continue oferecendo os alimentos, mesmo que a recusa aconteça várias vezes.
  • Seja exemplo! Quando as crianças veem os pais comendo de maneira saudável, é mais provável que elas sigam o exemplo.

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Quais foram as maiores mudanças que você percebeu na alimentação após os 2 anos? Conta pra gente nos comentários! Sabemos que cada criança tem seu tempo e seu ritmo, e compartilhar experiências pode ajudar outras mães a passarem por essa fase com mais confiança.

Esse é o momento de deixar de lado as preocupações e aproveitar essa fase de descobertas com seu pequeno. Agora você já sabe que algumas mudanças são naturais e que a alimentação pode se tornar um desafio, mas com paciência e persistência, tudo se ajeita!

Danielle Andrade | Nutricionista Materno Infantil

Sou formada em Nutrição desde 2011 (CRN3 - 34430) e sou especialista em nutrição materno infantil e comportamento alimentar desde 2015. Meu atendimento tem foco na disciplina positiva com respeito e empatia, quero mostrar aos cuidadores a importância de se entender o “porquê a criança não come”, indo além do alimento ou quantidade em questão.

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