5 frases positivas para melhorar as refeições das crianças

Descubra frases positivas para incentivar uma alimentação infantil saudável e transformar as refeições em momentos agradáveis.

Você já parou para pensar na forma como se comunica com seus filhos durante as refeições? Muitas vezes, falamos coisas automaticamente, sem nos darmos conta do impacto que isso pode ter na relação deles com a comida. Este artigo não pretende criar polêmicas, mas sim te ajudar a perceber como pequenas mudanças nas frases que usamos podem transformar o momento da refeição em algo mais leve e positivo.

Vamos apresentar algumas frases comuns que usamos no dia a dia e sugerir alternativas de frases positivas que podem fazer uma grande diferença. São pequenas trocas que incentivam a curiosidade, a autonomia e uma relação mais saudável com a comida. Afinal, como cuidadores, nosso objetivo é garantir que a alimentação seja uma experiência agradável e cheia de aprendizado.

Frases positivas para melhorar as refeições

1. Ao invés de dizer: “Toma, prova. Certeza que você vai gostar!”

É comum que a gente queira convencer a criança a experimentar um alimento novo. Mas, ao invés de garantir que ela vai gostar, uma abordagem mais divertida e investigativa pode ser mais eficaz. Perguntas simples que despertam a curiosidade podem ajudar:

Tente dizer: “Você acha que é doce ou salgado? Qual é a cor? Tem cheiro de quê?”

Ao fazer essas perguntas, você incentiva a criança a pensar sobre o alimento antes mesmo de prová-lo. Isso desperta o interesse de maneira natural, sem pressão. Além disso, torna o momento mais interativo, permitindo que a criança participe ativamente da descoberta.

2. Ao invés de dizer: “Come tudo senão não vamos sair.”

Essa frase traz uma carga de pressão e punição que pode tornar a refeição estressante. Ao invés disso, ofereça à criança a oportunidade de ouvir seu próprio corpo e perceber se ainda está com fome:

Tente dizer: “Não está mais com fome? Tudo bem, não precisa comer tudo se não quiser mais.”

Com essa abordagem, você ensina que a criança pode confiar nos sinais de seu corpo e que não há problema em parar de comer quando estiver satisfeita. A longo prazo, isso ajuda a evitar a compulsão alimentar e ensina a importância da saciedade.

3. Ao invés de dizer: “Come isso que é muito bom para…”

É comum tentar convencer as crianças de que determinado alimento é “bom” por seus nutrientes, mas essa estratégia nem sempre funciona. Uma forma mais eficaz pode ser permitir que elas façam suas próprias escolhas dentro do que está disponível no prato:

Tente dizer: “Pode escolher o que quiser comer do que tem no seu prato.”

Dar à criança a autonomia de escolher o que vai comer promove a independência e a confiança. Ao se sentir no controle, ela pode estar mais disposta a experimentar novos alimentos sem se sentir obrigada.

Leia também: Entenda a divisão de responsabilidade na alimentação da criança

4. Ao invés de dizer: “Come mais um pouquinho, senão vai ficar com fome.”

Aqui, a intenção é boa, mas pode soar como uma imposição. Em vez de insistir, que tal envolver a criança na decisão?

Tente dizer: “A sua barriguinha não tá mais com fome? A próxima refeição vai ser só mais tarde. Prefere esperar até lá ou quer comer mais agora?”

Essa abordagem estimula a criança a pensar nas suas necessidades e a planejar, ajudando-a a entender melhor os sinais do seu corpo e a se preparar para o que vem depois.

5. Ao invés de dizer: “Olha só como o seu irmão come bem!”

Comparar irmãos ou amigos pode gerar frustração e competitividade desnecessária. Em vez disso, convide a criança a participar de uma experiência mais criativa e individualizada:

Tente dizer: “Como você acha que esse alimento ficaria mais gostoso? Quer colocar algo por cima?”

Aqui, você valoriza a opinião da criança, incentivando-a a participar do processo de criação de uma refeição agradável. Isso a envolve de forma positiva e a faz sentir que sua opinião é importante, o que pode aumentar o interesse pelos alimentos.

O papel dos pais nas refeições das crianças

Tornar o momento da refeição positivo é fundamental. Isso significa evitar chantagens, punições ou recompensas para que a criança coma. Forçar ou enganar pode afastar a criança da comida, ao invés de criar uma relação saudável com a alimentação. A ideia é que, se o momento da refeição for agradável, o interesse pelos alimentos surge naturalmente.

Por isso, ao dizer algo como “Coma tudo ou não vai sair para brincar”, você está associando a comida a uma experiência negativa. Em contraste, ao usar frases como “Não precisa comer tudo se não quiser”, você promove uma relação mais leve e tranquila com a alimentação.

Muitas pessoas dizem: “Ah, mas meu pai sempre falava assim comigo e eu como de tudo.” Pode ser verdade, mas será que é a melhor abordagem para ensinar uma criança a ter uma relação saudável com a comida? Chantagens e imposições podem até funcionar a curto prazo, mas não ajudam a criança a desenvolver uma conexão positiva com os alimentos a longo prazo.

O que realmente buscamos é que nossos filhos cresçam com uma boa relação com a comida, respeitando seu corpo e aprendendo a fazer escolhas saudáveis.

Benefícios de uma abordagem positiva nas refeições

Ao fazer pequenas mudanças na forma como você fala durante as refeições e usar frases positivas, você pode observar benefícios como:

  • Mais interesse em experimentar novos alimentos;
  • Refeições mais tranquilas e agradáveis;
  • Menor risco de desenvolver transtornos alimentares no futuro;
  • Maior autonomia e confiança da criança em relação à comida.

Portanto, mude a forma como você se comunica e se surpreenda com os resultados! Se quiser mais dicas práticas sobre alimentação infantil e refeições tranquilas, conheça o app Garfinho. Ele oferece guias e receitas elaboradas por nutricionistas, perfeitos para facilitar o dia a dia. Clique aqui para baixar e testar!

E como você tem usado as frases positivas na sua casa? Vamos conversar nos comentários!

Jessica Sanguedo | Nutricionista

Sou nutricionista (CRN4 - 20102053), internacionalista e mãe de um bebê que é meu maior caso de sucesso com BLW! Também sou pós-graduada em nutrição clínica pela UFRJ, com cursos de seletividade alimentar e nutrição infantil. Realmente acredito que a nutrição muda vidas!

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *

Aperte X para sair