O que você sabe sobre introdução alimentar? Faça o quiz!

A introdução alimentar hoje está relacionada com a interação, descobertas e aprendizados em relação aos alimentos. O comer será apenas consequência disso tudo. Além do que, até o primeiro ano do bebê, o que continua alimentando e suprindo todas as necessidades nutricionais é o leite (materno ou fórmula).

Depois dos 6 meses – e com todos os sinais de prontidão, o bebê pode receber uma alimentação variada e o mais natural possível. Isso inclui cereais (arroz, milho, aveia…), tubérculos (batatas, mandioca, inhame…), leguminosas (todos os tipos de feijões, lentilha, ervilha, grão de bico…), carnes em geral (vaca, frango, peixe, porco…), frutas (incluindo as cítricas e azedas) e todos os tipos de legumes podem ser oferecidos. Porém, NÃO devem ser oferecidos antes do 1º ou 2º ano: leite de vaca* – como bebida, sucos de frutas, mel e açúcares.

*Conforme orientação da Sociedade Brasileira de Pediatria (maio/2021), derivados de leite de vaca, como manteiga, iogurte e queijos, podem ser oferecidos apenas quantidades mínimas,  em preparos e de forma esporádica, a partir de 9 meses.

Independente da forma escolhida para oferecer os alimentos, a comida não deve ser peneirada e nem liquidificada, porque há uma perda maior de nutrientes. Além disso, não estimula a mastigação e faz com que aumentem as chances de recusa e seletividade alimentar num futuro próximo.

Você pode oferecer os alimentos amassados (com um garfo ou colher), desde que evolua o amassado: vá amassando cada vez menos os alimentos, oferecendo-os em diferentes texturas e tamanhos.

Sentar sem apoio, demonstrar interesse nos alimentos, não ter mais protrusão de língua e levar objetos à boca são sinais de prontidão tão importantes quanto o bebê ter 6 meses (de idade cronológica e corrigida).

Caso seu bebê não tenha um desses sinais, aguarde. Mas enquanto isso, você pode tentar alguns estímulos com ele (clique aqui e saiba mais). 

Não há problema em “atrasar” o começo da introdução alimentar, afinal, você irá respeitar e esperar o correto desenvolvimento do bebê para essa nova fase em sua vida. Além do que, o leite, seja materno ou fórmula, continuará sendo seu principal alimento.

Todas as alternativas estão corretas. Precisamos respeitar os sinais de fome e saciedade do bebê, já que somente eles saberão o quanto precisam comer, independente da idade e das circunstâncias. Da mesma forma que precisamos entender outros sinais que o bebê dá: sono, agitação e/ou desinteresse pelo momento da refeição.

Precisamos também ser o exemplo para que o bebê tenha interesse em comer. Afinal, no primeiro momento, eles comem por imitação. Se não tiverem a quem imitar, não vão conseguir aprender a ter interesse e nem prazer pela comida.

Não é preciso ser “masterchef” nem criar uma variedade infinita de preparos complexos. Mas, como no começo tudo é novidade, é importante testar diferentes opções, tanto para apresentar ao bebê, quanto para sabermos suas preferências.

Mesmo que pareça muito pouco para você, somente o bebê sabe o quanto precisa comer para crescer adequadamente por causa do seu sistema de autorregulação.

Alimentar o bebê ou criança com distrações, além de aumentar o risco de engasgo (já que se coloca uma colher de comida dentro da boca dele), provoca um círculo vicioso que faz com que ele só coma com distrações e interaja cada vez menos com o alimento e com a família.

O gag é um reflexo natural e protetor do engasgo. Esse reflexo acontece na metade da língua do bebê. Além de sinalizar que o alimento é maior do que consegue lidar na boca, o reflexo mostra intuitivamente como o bebê consegue resolver sozinho a situação.

E atenção: colocar o dedo na garganta do bebê para tirar o alimento pode causar um engasgo de verdade. Fazer isso pode acabar empurrando o alimento para o fundo da garganta, além de machucar a boquinha/garganta do bebê por conta do atrito do dedo e unha, bem como assustar o bebê e gerar um trauma da situação.

Mas pode acreditar e confiar que se o alimento estiver num corte e textura corretos e se o bebê estiver sentado e com apoio nas costas, ele saberá o que fazer para colocar o alimento pra fora ou voltar a comer normalmente.

Para acabar com qualquer insegurança, não deixe de ler a seção sobre gag e engasgo do app BLW Brasil.

Desses itens, somente o mel não deve ser oferecido durante o primeiro ano do bebê. Isso acontece porque o mel pode ter a bactéria causadora do botulismo, que pode ser letal para os bebês.

Mas cabe reforçar também que o mel é um tipo de açúcar. Como tem a função de adoçar preparos e tendo em mente que o paladar do bebê ainda está em formação, o mel não deveria ser oferecido antes dos 2 anos.