Como o uso de telas nas refeições afeta as crianças? Faça o quiz!

As telas, além de distrair as crianças, fazendo com que elas não ouçam e respeitem seus sinais de fome e saciedade, também reduzem a interação e convívio social.

Com isso, as crianças passam a comer apenas com a tela, intensificando suas crises comportamentais (aumentando as “birras”) e se distanciando cada vez mais dos cuidadores e das demais pessoas presentes.

A criança perde sua percepção de fome e saciedade, passando a comer sem perceber o que e quanto está comendo, podendo inclusive comer muito além do que precisa.

Além dos hábitos alimentares e de vida (como alto consumo de açúcares, gorduras e ultraprocessados, além do sedentarismo), o uso excessivo de telas e a falta de atenção ao se alimentar favorecem o aumento de peso e podem causar doenças como obesidade, diabetes, pressão alta e colesterol alto.

Limites, com gentileza e respeito, sempre devem existir quando lidamos com crianças. O mesmo vale para o uso de telas.

Acredite: no começo, seu filho pode não aceitar bem a mudança e até intensificar suas crises comportamentais (“birras’), mas estabelecer combinados, reforçá-los e mantê-los antes das refeições, por vários dias e de forma consistente, são ótimas estratégias para reduzir o uso de telas durante as refeições.

Para entender mais sobre o assunto, confira as seções “Limites com amor” e “Como reduzir telas” no app Garfinho.

Um ambiente de refeição agradável e livre de distrações, com uma boa conversa em família, sem brigas e sem pressão para comer, além do exemplo dos adultos ao evitarem o uso de telas à mesa, são as melhores estratégias para incentivar a criança.

É cada vez mais comum os relatos de famílias que não fazem sequer uma refeição ao dia juntos, que quase não conversam sobre diversos assuntos (especialmente durante as refeições) e de pessoas – até mesmo adultas – que comem sem atenção e sequer sabem o que ou quanto estão comendo, indo em busca de acompanhamento nutricional “para emagrecer”.

Quanto mais presença dos cuidadores e menos uso de telas durante as refeições, melhor tende a ser o comportamento alimentar da criança – a curto, médio e longo prazo.

Fazer perguntas sobre o dia da criança, sem focar em “o que/quanto você comeu?”, demonstrando interesse genuíno em ouvir e até mesmo contar sobre seu próprio dia, é uma ótima alternativa para reduzir o uso de telas.

Falar sobre a comida (destacando cores, histórias e outros aspectos, e não apenas incentivando a criança a comer) e envolvê-la no processo de escolha dos alimentos – desde a lista de compras, compras, armazenamento e preparo até a montagem da mesa – também são estratégias que podem ajudar nesse processo.

Crianças que só se alimentam usando telas, tendem a comer sem perceber o que estão ingerindo, consumindo muito além do que precisam. Além disso, por conta da influência dos desenhos, personagens e propagandas, podem se interessar cada vez por ultraprocessados (como bolachas, salgadinhos, congelados e doces), desregulando ainda mais sua alimentação.

Crianças precisam comer sem telas para desenvolver uma relação mais saudável com a comida e aprender a reconhecer seus sinais de fome e saciedade – aspectos essenciais para toda vida.