Alimentos alergênicos: quando e como oferecer ao bebê?

Descubra quando e como introduzir alimentos alergênicos de forma segura para prevenir alergias durante a introdução alimentar.

Quando o bebê completa 6 meses, muitas dúvidas surgem sobre o que pode ou não ser oferecido. Entre as maiores preocupações dos pais está a introdução dos alimentos alergênicos.

Será que é seguro? Existe um momento ideal? Neste artigo, vamos esclarecer essas questões com base nas evidências mais recentes da ciência.

O que dizem os estudos sobre alimentos alergênicos?

Durante muito tempo, acreditava-se que atrasar a introdução de alimentos como ovo, leite, amendoim, trigo, peixe e soja poderia proteger os bebês contra alergias.

Hoje, a ciência mostra exatamente o contrário.

A exposição precoce e segura desses alimentos, geralmente a partir dos 6 meses, pode ajudar o sistema imunológico a reconhecê-los como algo comum e inofensivo, diminuindo as chances de reações alérgicas no futuro.

Leia também: Teste de alergia é necessário antes da introdução alimentar?

A importância da janela imunológica

Existe um período conhecido como janela imunológica, que vai dos 6 aos 9 meses de idade do bebê. Nesse intervalo, o organismo da criança está mais receptivo ao contato com alimentos alergênicos.

Costumo explicar aos pais que é como se o “cão de guarda” das alergias estivesse dormindo — e, por isso, essa é a melhor hora para apresentar esses alimentos de forma segura, sempre com orientação.

Quais são os alimentos alergênicos mais comuns?

  • Leite de vaca
  • Ovo de galinha
  • Amendoim
  • Trigo
  • Peixes e frutos do mar
  • Soja

Esses alimentos devem ser introduzidos com atenção, de forma individualizada, para facilitar a observação de possíveis reações.

Como oferecer alimentos alergênicos com segurança?

Aproveitar o período da janela imunológica pode fazer diferença na prevenção de alergias alimentares. Veja algumas orientações para uma introdução segura:

Passo a passo para introdução segura:

  1. Escolha um dia tranquilo da semana, durante o dia.
    Assim, caso o bebê tenha alguma reação, será mais fácil identificar e buscar ajuda.
  2. Ofereça o alimento sozinho, sem misturas.
    Isso facilita a detecção de qual alimento causou uma possível reação.
  3. Aguarde de 2 a 3 dias antes de introduzir outro alimento alergênico.
  4. Observe sinais como manchas na pele, vômitos, inchaço ou dificuldade para respirar.
  5. Mantenha a frequência da oferta se não houver reações, para que o organismo continue reconhecendo aquele alimento como seguro.

Leia também: Alimentos alergênicos na introdução alimentar: como oferecer!

Dicas extras de segurança:

  • Ofereça os alimentos em cortes seguros, adequados para a fase do bebê.
  • Prefira o ponto bem cozido, especialmente no caso do ovo — nunca ofereça com a gema mole.
  • Não é necessário esperar o bebê provar todos os alimentos “comuns” antes de iniciar os alergênicos.

Quando procurar ajuda médica?

Se o bebê apresentar sintomas como inchaço nos lábios ou olhos, vômitos intensos, dificuldade para respirar ou urticária após consumir um alimento, é fundamental procurar um serviço de emergência.

Além disso, se há histórico de alergia alimentar na família, vale conversar com o pediatra ou com um alergista antes de iniciar a introdução dos alimentos alergênicos.

Introdução alimentar é sabor, cuidado e prevenção

A introdução alimentar é uma fase de descobertas, sabores e também de prevenção. Oferecer os alimentos alergênicos no momento certo e de forma consciente pode contribuir para a saúde do bebê a longo prazo.

Com informação, paciência e atenção aos sinais do bebê, é possível atravessar essa etapa com segurança e tranquilidade.

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Livia Biagioni | Pediatra

Oie! Eu sou a Lívia, ou tia Lívia. Pediatra e alergista infantil, mãe e apaixonada por cuidar de famílias. Em um mundo repleto de informações e “fórmulas mágicas”, acredito no poder da ciência e na responsabilidade de compartilhar conhecimento baseado em evidências. Defendo o aleitamento materno, o parto respeitoso, o brincar ao ar livre, a comida de verdade e a criação com apego seguro – sempre com um olhar realista e individualizado para os desafios de cada família. Meu propósito é acolher, orientar e tornar a jornada dos pais mais leve e segura, unindo ciência e afeto em cada passo do caminho.

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