Bebê pode comer queijo?

Sim, o bebê pode comer queijo. O queijo é uma fonte de proteína, cálcio e gorduras saudáveis, nutrientes importantes para o desenvolvimento do bebê.

No entanto, é importante escolher queijos pasteurizados e com baixo teor de sódio, evitando opções mais maduras e com alto teor de gordura.

Agora que você sabe que o bebê pode comer queijo veja abaixo a idade ideal, como oferecer de forma segura e qual queijo escolher. E se quiser saber como oferecer queijo e derivados e centenas de outros alimentos, faça o download gratuito do aplicativo BLW Brasil aqui.

Como oferecer queijo para o bebê

A Sociedade Brasileira de Pediatria e a Organização Mundial da Saúde orientam a oferta depois dos 9 meses do bebê, esporadicamente e em pequenas quantidades. É importante seguir com esses cuidados devido à alta incidência de anemia ferropriva em menores de 2 anos no Brasil relacionada com o consumo de leites e derivados.

Os queijos mais claros e sem fungos podem ser oferecidos ao bebê, desde que seja de um leite pasteurizado. Comece oferecendo queijos com pouco sal – o ideal é que contenham até 120 mg de sódio em 100g de queijo.

Um bom queijo deve conter basicamente 4 ingredientes: leite pasteurizado, cloreto de sódio ou sal, coalho e fermento ou cloreto de cálcio. Para saber mais sobre alimentos industrializados e rótulos, digite “industrializados ” na seção de alimentos.

Você pode oferecer queijos macios como: queijo minas, mussarela de búfala, ricota, cottage, queijos de cabra. Ofereça em pedaços pequenos, em receitas frias ou derretidos.

Os queijos duros como parmesão e pecorino por exemplo oferecem risco de engasgo, então ofereça apenas ralado ou derretido/gratinado.

Cuide também para o bebê não ficar com uma grande quantidade de queijo derretido/cremoso na boca, pois ele pode formar uma bola e causar engasgo.

Como escolher o queijo para o bebê

Bebê pode comer queijo desde que seja um queijo curado e/ou pasteurizado. Quanto mais curados estão os queijos, menores as chances de contaminação. 

Qualquer queijo oferecido à criança deve ser feito a partir de leite pasteurizado. O queijo elaborado com leite cru oferece risco de contaminação pela bactéria Listeria monocytogenes e que pode causar intoxicação alimentar. ¹

Evite oferecer com frequência os queijos processados, pois apresentam altos teores de sódio além de outros ingredientes, como o queijo prato, mussarela, gouda, brie, coalho, canastra e provolone.²

Quando for comprar no supermercado, sempre observe a embalagem também. Ela não pode estar estufada, pois isso indica contaminação ou má refrigeração do produto. 

Quais ingredientes tem um bom queijo? Leite pasteurizado, cloreto de sódio ou sal, coalho e fermento ou cloreto de cálcio, nada mais que isso. 😊

DICA: ofereça os queijos com menos sal. O ideal é que contenham até 120mg de sódio em 100g de queijo. Mais uma vez: leia o rótulo! No app BLW Brasil ensinamos como ler os rótulos dos alimentos para fazer boas escolhas, faça o download gratuito aqui.

Informações nutricionais do queijo

Bebê pode comer queijo por ser uma excelente fonte de proteínas, cálcio, zinco e vitamina A. 

Por ser um alimento alergênico, se o bebê tiver histórico de alergia na família, consulte o pediatra antes de introduzir os queijos.

Como sintomas da alergia à proteína do leite podem surgir vômitos, cólicas, diarréia, dor abdominal, prisão de ventre, sangue nas fezes, refluxo, asma, chiado no peito, reação anafilática e/ou baixo ganho de peso e crescimento. 

Ofereça sempre em pequena quantidade na primeira vez para observar se há alguma reação. Veja mais na nossa seção sobre “risco de alergias” no app BLW Brasil.

Você sabia?

Existe uma variedade muito grande de queijos produzidos no mundo todo, o que possibilita uma infinidade de sabores.

Os queijos recebem fermentos diferentes para ter essa variedade, além dos tipos diferentes de leite, como de vaca, cabra, ovelha e búfala.

Quer saber mais sobre o queijo na introdução alimentar?    

Agora que você sabe que bebê pode comer queijo, que tal conhecer nossas receitas, dicas de preparo, durabilidade e armazenamento? Acesse o aplicativo BLW Brasil, faça o download gratuito aqui.

Referências

1. BARANCELLI, C. V. et al. Listeria monocytogenes: ocorrência em produtos lácteos e suas implicações em saúde pública. Arquivos do Instituto Biológico, vol. 78, nº 1, Jan-Mar 2011.

2. BRASIL. Ministério da Saúde. Secretaria de Atenção Primária à Saúde. Departamento de Promoção da Saúde. Guia alimentar para crianças brasileiras menores de 2 anos. Brasília: Ministério da Saúde, 2019.

3. FILHO, W. R.; SCALCO, M. F.; PINTO, J. A. Alergia à proteína do leite de vaca. Revista Médica de Minas Gerais, 2014; 24(3): 374-380.

4. LOPES, A.; AMANCIO, O.; OLIVEIRA, F. Consumo de leite de vaca de 0 a 36 meses de idade. SBAN – Sociedade Brasileira de Alimentação e Nutrição, 2019. Disponível em: http://www.sban.org.br/uploads/documentostecnicos20200318045413.pdf.

5. PEREIRA, M. et al. Lácteos com baixo teor de lactose: uma necessidade para portadores de má digestão da lactose e um nicho de mercado. Revista do Instituto de Laticínios “Cândido Tostes”, nov/dez, nº 389, 67: 57-65, 2012.

6. SOCIEDADE BRASILEIRA DE PEDIATRIA. Manual de orientação para a alimentação do lactente, do pré-escolar, do escolar, do adolescente e na escola/Sociedade Brasileira de Pediatria. Departamento de Nutrologia, 3ª. ed. Rio de Janeiro, RJ: SBP, 2012.