Doces e crianças: 6 dicas para lidar com o açúcar na alimentação infantil

Quando falamos de açúcar, já dá um frio na barriga né? Mas há melhores maneiras de lidar com doces e crianças no dia a dia, veja só.

Quando o assunto é doce e crianças, muitos pais sentem um misto de preocupação e incerteza. A presença de doces na alimentação infantil é uma questão que gera debates acalorados, mas é importante abordá-la de maneira equilibrada.

Neste artigo, discutiremos estratégias eficazes para lidar com a relação entre doces e alimentação infantil, sem recorrer a extremismos nutricionais. O objetivo é orientar os pais a estabelecerem uma abordagem saudável e sensata em relação aos doces na dieta de seus filhos, promovendo uma relação equilibrada com os alimentos desde cedo.

A abordagem equilibrada

Em um mundo onde o açúcar muitas vezes é visto com medo, é fundamental adotar uma abordagem equilibrada. Ninguém aqui está advogando por um terrorismo nutricional, nem por proibições extremas. As crianças podem, sim, desfrutar de doces após completarem dois anos de idade. No entanto, antes disso, é prudente evitar ofertas excessivas.

Doce não é prêmio!

Um dos aspectos essenciais é evitar que os doces sejam vistos como prêmios ou recompensas condicionais. A clássica frase “só vai ganhar depois de terminar a comida” pode gerar mais problemas do que soluções. Uma abordagem mais eficaz é servir os doces junto com a refeição principal, eliminando a ideia de que eles são um prêmio a ser conquistado.

Não ofereça, não proíba

A abordagem ideal reside na não oferta e não proibição. Em vez de criticar ou proibir, é mais sensato tratar os doces como qualquer outro alimento. Isso ajuda a reduzir a curiosidade proibida e a compulsão alimentar, tornando os doces apenas mais um elemento da variedade alimentar.

6 estratégias para lidar com os doces e crianças

Aqui estão algumas dicas práticas para lidar com os doces na alimentação infantil:

1. Não critique o desejo

Ao invés de criticar ou desencorajar o desejo das crianças por doces, é importante acolher esse desejo como natural. Comer doces ocasionalmente faz parte da vida, e não há necessidade de transformar esse desejo em um problema.

2. Não proíba

Proibições extremas frequentemente geram o efeito contrário. As crianças podem se sentir mais tentadas a procurar os doces devido à curiosidade proibida. Em vez disso, permita que elas tenham acesso a doces, mas dentro de limites razoáveis.

3. Não fale que faz mal

Embora seja verdade que o açúcar em excesso não seja saudável, enfatizar repetidamente que os doces fazem mal pode criar uma relação negativa com os alimentos. Em vez disso, explique de maneira simples que doces são para momentos especiais e que há muitos outros alimentos saudáveis para o dia a dia.

4. Não condicione a outras refeições

Associar o consumo de doces ao consumo de outras refeições, como “só pode comer doce depois de jantar”, pode estabelecer relações inadequadas com a comida. Separe o consumo de doces das demais refeições para evitar essa associação.

5. Permita sem culpa

Quando permitimos que as crianças desfrutem de doces sem culpa, estamos contribuindo para uma relação saudável com a comida. Evite julgamentos negativos e aproveite a oportunidade para ensinar moderação e apreciação dos alimentos.

6. Limite a quantidade

É crucial lembrar que nossa responsabilidade é limitar a quantidade de doces oferecidos. Alimentos ultraprocessados, muitas vezes, confundem os sinais de saciedade, tornando importante o controle das porções.

Equilíbrio é a chave quando se trata da relação entre doces e crianças. Uma abordagem sensata e não extremista permite que os pequenos desfrutem de doces de maneira moderada e consciente. Lembre-se de que a comida vai além de nutrientes; ela envolve momentos de prazer e convívio.

Portanto, permita que você e seus filhos compartilhem um chocolate ocasional sem culpa, criando lembranças positivas em torno da alimentação. Para orientações mais detalhadas sobre como lidar com essa questão, confira o destaque “Doces” em nossas redes sociais e aproveite todas as dicas disponíveis no aplicativo Garfinho, que pode ser baixado gratuitamente para Android e IOS.

E aí, como é a relação entre doces e crianças ai na sua casa? Conte nos comentários!

Jessica Sanguedo | Nutricionista

Sou nutricionista (CRN4 - 20102053), internacionalista e mãe de um bebê que é meu maior caso de sucesso com BLW! Também sou pós-graduada em nutrição clínica pela UFRJ, com cursos de seletividade alimentar e nutrição infantil. Realmente acredito que a nutrição muda vidas!

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