Nutrição emocional: comer é mais que nutrição, é afeto!

Descubra como a nutrição emocional desde a gestação impacta o desenvolvimento infantil. Saiba mais sobre a importância dos cuidados maternos e do ambiente emocional para uma relação saudável com a comida.

A nutrição emocional começa antes mesmo da introdução alimentar direta. Ela começa com os cuidados maternos durante a gravidez e continua com o ambiente emocional em que o bebê é criado nos primeiros anos de vida.

Sabe-se que a dieta da mãe durante a gravidez pode influenciar o desenvolvimento do paladar do bebê ainda no útero. Mas quero ir além. Você sabia que os eventos que acontecem durante a gravidez, podem desencadear comportamentos futuros na criança, inclusive na alimentação?

Uma criança com recusa ou seletividade alimentar, pode estar comunicando algum evento ocorrido em que ela internalizou como algo ruim e futuramente manifesta, através desse comportamento, essa emoção. Isso é papo para outro texto. Durante a gravidez, a saúde emocional da mãe pode afetar o desenvolvimento do feto. Não só a saúde emocional, como também o ambiente ao redor desta mãe. O estresse, por exemplo, pode ter impactos negativos sobre o desenvolvimento fetal.

Leia também: Como não engordar na gravidez: faça as pazes com a comida!

Após o nascimento, o ambiente emocional em que o bebê é criado continua a desempenhar um papel crucial na nutrição emocional. O apego seguro, o cuidado atencioso e o ambiente familiar afetivo contribuem para um desenvolvimento emocional saudável.

Até mesmo o ato de amamentar é mais do que apenas nutrição física. O contato pele a pele e o vínculo emocional estabelecido durante a amamentação são essenciais para o desenvolvimento emocional e cognitivo do bebê. Através do amamentar, ou para os bebês que se nutrem através da mamadeira, o tom de voz, o olhar, o toque, a calmaria, o sorriso, a segurança, a previsibilidade ajudam na construção do vínculo afetivo e do apego seguro. Através da boca e do olhar sensível de sua mãe, o bebê vai tendo noção do seu corpinho e do mundo. Seu primeiro contato é o colo, olhar, voz e peito.

Por isso, que o comer vai muito além da simples nutrição. Envolve aspectos emocionais, sociais, culturais e até mesmo espirituais para muitas pessoas. Aqui estão algumas maneiras pelas quais comer é mais do que apenas nutrição:

O que engloba a nutrição emocional

1. Aspecto emocional

Muitas vezes, associamos certos alimentos a sentimentos específicos, como conforto, celebração ou indulgência. Comer pode ser uma forma de lidar com o estresse, tristeza ou outras emoções.

2. Aspecto social

Compartilhar uma refeição com amigos, familiares ou colegas é uma parte importante de muitas culturas ao redor do mundo. A comida é frequentemente o centro de eventos sociais, reuniões e celebrações.

3. Aspecto cultural

A comida é uma expressão da identidade cultural de uma pessoa ou grupo. Ela reflete tradições, valores e crenças de uma comunidade e pode desempenhar um papel significativo em eventos culturais e religiosos.

4. Aspecto sensorial

O sabor, aroma, textura e aparência dos alimentos influenciam a nossa experiência ao comer. Esses aspectos sensoriais podem despertar memórias, evocar sentimentos e afetar nosso humor.

5. Aspecto ritualístico e espiritual

Em muitas tradições, a comida desempenha um papel central em rituais e cerimônias religiosas. Ela pode ser vista como uma forma de conexão com o divino, de gratidão ou de renovação espiritual.

Quando o bebê dá início a introdução alimentar, é importante a gente entender que ela já começou desde a gestação, através dessas experiências sensoriais, emocionais e cognitivas. A introdução é de fato a introdução de alimentos sólidos, mas além disso, uma outra oportunidade de se criar vínculos afetivos e um ambiente de exploração para a criança, que tem marcada na sua essência, a curiosidade e criatividade.

Portanto, é importante reconhecer que comer é uma experiência multidimensional que vai além da simples ingestão de nutrientes. É uma parte essencial da vida humana que envolve todos os sentidos, emoções e relações sociais.

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Bruna Medeiros | Psicóloga

Psicóloga, neuropsicóloga, psicanalista, educadora parental e mãe. Com 25 anos de experiência com crianças, encontrei minha paixão desde a adolescência, atuando como voluntária em uma ONG com crianças carentes. Após deixar uma carreira no marketing, me dedico a amparar e acolher crianças e famílias, transformando lares e vidas.

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