Rede de apoio e BLW: como conversar em 3 dicas

Uma das maiores dificuldades para quem está fazendo BLW, é lidar com a rede de apoio, as pessoas que estão ao seu lado não fazem ideia de como funciona. Desde famíliares e amigos próximos até alguns profissionais (pediatras, cuidadores da creche, babás, etc).

Pode ser que eles tentem:

  • Te convencer a não praticar BLW porque é diferente do que eles fizeram com os próprios filhos;
  • Tentar te assustar falando que o bebê vai engasgar;
  • Imaginar que o bebê não vai comer o suficiente;
  • Achar que o bebê não vai ter os nutrientes necessários para se desenvolver;

Infelizmente alguns pediatras desatualizados não aceitam, nem recomendam e ainda acham que BLW é modismo.

Se você está procurando um pediatra, nutricionista, fonoaudióloga, que entendam sobre BLW, recomendamos que você acesse aqui o Mapa BLW (ou digite Mapa BLW no Google). Você vai encontrar vários profissionais qualificados próximos de você.

Fazer BLW sem uma rede de apoio é realmente muito mais difícil e cansativo. Especialmente quando temos que convencer as pessoas mais próximas do nosso convívio. Mas isso não significa que você deva desistir antes de começar.

Aqui vão algumas dicas práticas sobre o que fazer para trazer sua rede de apoio para o seu lado na jornada BLW:

Como conversar com sua rede de apoio

giphy downsized

1. Tenha empatia

São familiares que alimentaram seus filhos fazendo o seu melhor. Muito provavelmente oferecendo papinha. Se iniciaram a Introdução Alimentar aos 4 meses é porque as recomendações na época eram outras, não é por mal.

Apesar do estresse que eles ou o bebê possam ter passado, todo mundo sobreviveu (não necessariamente de forma saudável e livre de questões alimentares).

Sabemos que, às vezes, é difícil lidar com a situação de forma empática quando alguém está nos criticando. Mas acredite: conversar com calma, respeito e consideração é sem dúvida o melhor caminho.

2. Eduque/Ensine

Numa primeira impressão, o BLW pode parecer um pouco assustador e intimidante quando não se sabe muito sobre isso ainda. Ao explicar como a abordagem funciona, você vai conseguir ganhar a confiança dessas pessoas queridas.

Compartilhe as fontes que você usou para estudar BLW, esteja disponível para responder dúvidas e dê tempo para que se acostumem com o assunto. 

Assim como você aprendeu, ou está aprendendo sobre BLW, eles também precisam entender. Especialmente se são essas pessoas que vão ficar com o bebê na sua ausência. Quanto mais conhecimento tiverem (principalmente sobre engasgo x GAG) mais segurança vão ter.

Nosso aplicativo e conta no Instagram @blwbrasilapp estão aqui pra isso: faça bom proveito. 😉

3. Dê tempo para a pessoa

As pessoas precisam de tempo para se acostumar com uma ideia nova. Antes mesmo de começar a introdução alimentar, faça o seguinte com sua família e amigos que serão sua rede de apoio:

  • Envie algumas “pílulas de informação”, compartilhe o que ver de legal. Pode printar conteúdos do app e mandar por whastapp, se ficar mais fácil.
  • Mostre vídeos de bebês comendo felizes e de forma segura.
  • Enfatize o quanto isso é importante pra você e como você gostaria do apoio dessa pessoa quando for a hora.

Em último caso: Introdução Alimentar Participativa

Se o cuidador se recusar ou se a creche não aceitar, é possível adotar uma abordagem mista.

Com essa pessoa, seu bebê come a comida amassadinha. Com você, seu bebê faz BLW. Isso é possível porque os bebês consegue diferenciar os cuidadores e como serão alimentados por eles.

A comida amassada poderá ser oferecida como o que chamamos de Introdução Alimentar Participativa.

São os mesmos princípios do BLW. A principal diferença é que no BLW o bebê pega os alimentos (em textura e corte adequado) com a mão e leva à boca. Já na IA Participativa, o bebê leva à boca os alimentos amassados através do uso da colher com o apoio do cuidador. Veja mais sobre isso na seção do aplicativo chamada “Não vai começar com BLW?

E se você quiser fazer BLW e o seu pediatra não te apoiar, mude para algum que tenha estudado o BLW ou procure uma nutricionista que entenda sobre BLW e siga em frente. 

E quando o parceiro não é parceiro?

Talvez o cenário mais difícil seja quando seu parceiro não está ao seu lado com a prática de BLW. Lembre-se de que um parceiro não faz parte de sua rede de apoio. Um parceiro não apenas apóia, eles devem estar nessa contigo, de forma igualitária (assim esperamos).

A melhor solução aqui é discutir profundamente o BLW e as reservas de seu parceiro sobre isso. Por isso, tente:

  1. Entenda por que eles estão preocupados com BLW.
  2. Descubra quais são seus medos. Eles podem ser semelhantes a alguns medos que você pode ter tido no início.
  3. Desmistifique suas preocupações e medos com as dicas que demos a você aqui.

Com essas informações, eles geralmente se sentem mais confiantes e envolvidos no processo. Boa sorte!

Baixe o aplicativo BLW Brasil gratuitamente, disponível para Android e IOS.

Tem mais dúvidas sobre como conversar com sua rede de apoio? Deixe nos comentários!

Danielle Andrade | Nutricionista Materno Infantil

Sou formada em Nutrição desde 2011 (CRN3 - 34430) e sou especialista em nutrição materno infantil e comportamento alimentar desde 2015. Meu atendimento tem foco na disciplina positiva com respeito e empatia, quero mostrar aos cuidadores a importância de se entender o “porquê a criança não come”, indo além do alimento ou quantidade em questão.

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *

Aperte X para sair