Uma das maiores dificuldades para quem está fazendo BLW, é lidar com a rede de apoio, as pessoas que estão ao seu lado não fazem ideia de como funciona. Desde famíliares e amigos próximos até alguns profissionais (pediatras, cuidadores da creche, babás, etc).
Pode ser que eles tentem:
- Te convencer a não praticar BLW porque é diferente do que eles fizeram com os próprios filhos;
- Tentar te assustar falando que o bebê vai engasgar;
- Imaginar que o bebê não vai comer o suficiente;
- Achar que o bebê não vai ter os nutrientes necessários para se desenvolver;
Infelizmente alguns pediatras desatualizados não aceitam, nem recomendam e ainda acham que BLW é modismo.
Se você está procurando um pediatra, nutricionista, fonoaudióloga, que entendam sobre BLW, recomendamos que você acesse aqui o Mapa BLW (ou digite Mapa BLW no Google). Você vai encontrar vários profissionais qualificados próximos de você.
Fazer BLW sem uma rede de apoio é realmente muito mais difícil e cansativo. Especialmente quando temos que convencer as pessoas mais próximas do nosso convívio. Mas isso não significa que você deva desistir antes de começar.
Aqui vão algumas dicas práticas sobre o que fazer para trazer sua rede de apoio para o seu lado na jornada BLW:
Como conversar com sua rede de apoio
1. Tenha empatia
São familiares que alimentaram seus filhos fazendo o seu melhor. Muito provavelmente oferecendo papinha. Se iniciaram a Introdução Alimentar aos 4 meses é porque as recomendações na época eram outras, não é por mal.
Apesar do estresse que eles ou o bebê possam ter passado, todo mundo sobreviveu (não necessariamente de forma saudável e livre de questões alimentares).
Sabemos que, às vezes, é difícil lidar com a situação de forma empática quando alguém está nos criticando. Mas acredite: conversar com calma, respeito e consideração é sem dúvida o melhor caminho.
2. Eduque/Ensine
Numa primeira impressão, o BLW pode parecer um pouco assustador e intimidante quando não se sabe muito sobre isso ainda. Ao explicar como a abordagem funciona, você vai conseguir ganhar a confiança dessas pessoas queridas.
Compartilhe as fontes que você usou para estudar BLW, esteja disponível para responder dúvidas e dê tempo para que se acostumem com o assunto.
Assim como você aprendeu, ou está aprendendo sobre BLW, eles também precisam entender. Especialmente se são essas pessoas que vão ficar com o bebê na sua ausência. Quanto mais conhecimento tiverem (principalmente sobre engasgo x GAG) mais segurança vão ter.
Nosso aplicativo e conta no Instagram @blwbrasilapp estão aqui pra isso: faça bom proveito. 😉
3. Dê tempo para a pessoa
As pessoas precisam de tempo para se acostumar com uma ideia nova. Antes mesmo de começar a introdução alimentar, faça o seguinte com sua família e amigos que serão sua rede de apoio:
- Envie algumas “pílulas de informação”, compartilhe o que ver de legal. Pode printar conteúdos do app e mandar por whastapp, se ficar mais fácil.
- Mostre vídeos de bebês comendo felizes e de forma segura.
- Enfatize o quanto isso é importante pra você e como você gostaria do apoio dessa pessoa quando for a hora.
Em último caso: Introdução Alimentar Participativa
Se o cuidador se recusar ou se a creche não aceitar, é possível adotar uma abordagem mista.
Com essa pessoa, seu bebê come a comida amassadinha. Com você, seu bebê faz BLW. Isso é possível porque os bebês consegue diferenciar os cuidadores e como serão alimentados por eles.
A comida amassada poderá ser oferecida como o que chamamos de Introdução Alimentar Participativa.
São os mesmos princípios do BLW. A principal diferença é que no BLW o bebê pega os alimentos (em textura e corte adequado) com a mão e leva à boca. Já na IA Participativa, o bebê leva à boca os alimentos amassados através do uso da colher com o apoio do cuidador. Veja mais sobre isso na seção do aplicativo chamada “Não vai começar com BLW?“
E se você quiser fazer BLW e o seu pediatra não te apoiar, mude para algum que tenha estudado o BLW ou procure uma nutricionista que entenda sobre BLW e siga em frente.
E quando o parceiro não é parceiro?
Talvez o cenário mais difícil seja quando seu parceiro não está ao seu lado com a prática de BLW. Lembre-se de que um parceiro não faz parte de sua rede de apoio. Um parceiro não apenas apóia, eles devem estar nessa contigo, de forma igualitária (assim esperamos).
A melhor solução aqui é discutir profundamente o BLW e as reservas de seu parceiro sobre isso. Por isso, tente:
- Entenda por que eles estão preocupados com BLW.
- Descubra quais são seus medos. Eles podem ser semelhantes a alguns medos que você pode ter tido no início.
- Desmistifique suas preocupações e medos com as dicas que demos a você aqui.
Com essas informações, eles geralmente se sentem mais confiantes e envolvidos no processo. Boa sorte!
Baixe o aplicativo BLW Brasil gratuitamente, disponível para Android e IOS.
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