Tudo mudou – os gostos, o tempo, a vida. E que bom que está sendo assim! Vem ler sobre os desafios da maternidade
Não tem jeito, a vida muda 100% com a maternidade. É desafiador criar uma criança –e é muito gostoso. Listei os principais desafios da maternidade para mim. Ao fim, pude perceber que a maternidade mudou a minha vida para melhor. Todos os pontos, abaixo, estão me tornando melhor do que antes, mais produtiva, mais cuidadosa, atenciosa e paciente. Vem comigo!
Os desafios da maternidade
1. Educar uma pessoinha
Bom, vou começar com um dos principais desafios da maternidade: educar uma criança é muito, muito gratificante. É difícil, pois nem todos os nossos hábitos são exemplares e, como sabemos, a criança copia exatamente tudo o que nos vê fazendo e não necessariamente o que falamos. Então, temos que nos reeducar para passar o melhor a elas.
Observar a criança-esponjinha em ação é maravilhoso. Outro dia, Guga salvou uma abelha da piscina, usando o chinelinho dele. Claro, tive que ajudar para ele não matá-la esmagada sem querer. Mas foi ele quem quis salvá-la e me pediu ajuda. Eu me vi nos olhinhos dele, já que eu sempre salvo os bichinhos que estão se afogando na piscina da chácara. Nem preciso dizer que explodi de orgulho, né?
2. Acordar (muito) cedo – e dormir cedo também
Sou autônoma há mais de 10 anos, bem antes do home office ser a febre que é hoje. Isso significa que virei uma pessoa vespertina e noturna durante a minha vida sem filho.
Quando Guga nasceu, tive que me reeducar nesse aspecto. Além da privação de sono nos dois primeiros anos, o bichinho madrugava (e até hoje acorda muito cedo). Então, o jeito foi mudar meus horários e hábitos.
Agora, acordo cedo, entre 6h e 7h, quando ele começa a me chamar – e isso faz meu dia render bem mais do que antes (eu costumava acordar às 9h). E vou dormir, no máximo, 22h, quando meus olhos já não aguentam mais ficar abertos. Não tem mais essa de maratonar séries, não, tenho que usar meu tempo livre com muita sabedoria.
3. Redução de horários de autocuidado
Ahhh, eu fazia Yoga (e dava aulas), natação, circo, ballet… Não todas as atividades juntas, mas sempre fiz muita coisa relacionada à saúde e autocuidado. E, claro, com a maternidade, meu tempo reduziu.
Nos primeiros meses, parei absolutamente tudo. Devagar, comecei a malhar de novo e migrei para o Crossfit, que faço até hoje, há um ano, 3 vezes por semana. E isso me faz MUITO bem. Autocuidado é fundamental em todas as fases da vida, mas na maternidade, ainda mais. Para mim, é onde canalizo minha frustração diária e mando toda energia negativa embora.
4. Parar com hábitos que me fazem mal
A criança copia tudo o que fazemos. Não necessariamente quando ela vê, pode ser muito tempo depois, mas de alguma forma, a memória dela capta. E percebi Guga roendo unhas – apesar de eu não roer unhas, eu fico com a mão na boca, comendo os cantinhos dos dedos, reflexo da minha ansiedade.
Enfim, ele começou “a me imitar” quando tinha um ano e meio. Percebia sua mãozinha na boca toda hora e, quando eu ia cortar a unha, não tinha nada para cortar, elas sempre estavam curtas.
Fiz absolutamente tudo o que estava ao meu alcance. Pedia para ele tirar a mão da boca, explicava que fazia dodói no dedinho e na barriguinha, tentava desviar sua atenção para outras tarefas. Até comprei um esmalte amargo, que ele adorou comer! (hahaha) Mas não tinha jeito: sempre que ficava com sono ou um pouco nervoso ou com vergonha, ele botava a mão na boca.
Sabe o que resolveu? Eu parar de colocar a minha mão na boca. Incrível, né? Assim que me policiei para parar, após umas semanas, ele também foi reduzindo o hábito, até parar de vez. Ufa! Mais um dos desafios da maternidade que consegui lidar com sucesso
5. Manter uma rotina organizada
Não queira conhecer Guga com sono ou com fome! Aliás, não queira me conhecer com sono e com fome!
Desde que Guga nasceu, organizei nossa rotina aqui em casa, pois sei que crianças amam previsibilidade. Então, sonecas, alimentação, brincadeiras, escola, banho e tarefas, como aspirar a casa, sempre fazem parte do nosso dia. E Guga participa de tudo.
Vale lembrar que uma rotina organizada é diferente de uma rotina engessada. A gente sai da rotina sempre que precisa, tomando cuidados de mantê-lo sempre alimentado e com a soneca em dia. Acho que toda mãe sabe o que acontece se isso não é cumprido, né?
Organizar a rotina também melhorou minha produtividade e organização com a casa.
6. Lembrar das linguagens de amor para manter o relacionamento positivo com o parceiro
Vivi uma fase por aqui em que parecia que eu falava A, meu marido entendia B. E a convivência ficou pesada. Então, como sempre, recorri à leitura para tentar entender o que estava acontecendo – descobri o livro As Cinco Linguagens do Amor e um universo de coisas novas surgiu por aqui.
Conheci a minha linguagem de amor e a de meu marido e percebi que temos linguagens diferentes e era necessário compreender isso para que seguíssemos em frente.
7. Comer saudável
Após a introdução alimentar do Guga, posso dizer que fiz uma reeducação alimentar por aqui. Agora, sempre temos comida em casa, pedimos menos delivery e não temos mais despensa de doces (mesmo Guga tendo 2 anos, ainda não liberamos o açúcar para ele).
Me organizo para sempre ter comida caseira congelada e os legumes eu faço no dia. Para lanchinhos saudáveis, preparamos juntos pães, tortas, bolinhos e frutas, muitas frutas, que eu acabo comendo com ele.
8. Desenvolver a paciência com terceiros
Palpites existem, não dá para negar. Dentre os desafios da maternidade esse é o tira mais a paciência. As pessoas julgam, muitas vezes, sem conhecer a nossa realidade. Um dia, Guga estava no pula-pula do prédio, se divertindo sozinho, e eu estava sentada no banco, trabalhando pelo celular, enquanto fazia companhia para ele.
Um funcionário do prédio veio me chamar a atenção (!!!). Disse que eu deveria curtir mais meu filho, pois o tempo passa muito rápido.
Está certo, o tempo realmente voa, mas esse funcionário não vê que, todos os dias, brinco no chão com meu filho, que cozinhamos juntos, que vamos à feira juntos, que tomamos banho juntos, que dormimos agarradinhos.
Respirei fundo e concordei com ele, mesmo que, internamente, eu estava indignada de ter recebido uma “bronca” de alguém que não nos conhece e não tem nada a ver com a nossa vida. Nessas horas, respiro e depois, no banho, dou uma bela resposta para o palpiteiro. (hahahaha você também faz isso?)
9. Buscar entretenimento (e escolher locais acolhedores para bebês e crianças)
A gente gosta de viajar todo fim de semana para o interior de São Paulo. Mas, às vezes, temos um ou outro compromisso por aqui. Então, procuramos atividades sempre adequadas para crianças para fazer no tempo livre. Um teatro, um restaurante com espaço kids, parquinhos, encontro com amigos que também tem filhos…
Antes, escolhíamos o restaurante pelo cardápio; agora, escolhemos o espaço kids e o cardápio vem de brinde.
10. Reduzir o tempo no celular
Não quero que a memória que meu filho tenha de mim seja sempre com o celular na mão. Por isso, procuro deixá-lo em cima da mesa ou longe de mim quando estou com meu filho. Mas nem sempre isso é possível. Trabalho pelo celular, compro pelo celular, falo com meus pais e meu marido pelo celular. Então, apesar de meus esforços, é fato que Guga entende que o aparelho faz parte da nossa rotina.
Muitas vezes, quando ele vê meu celular em cima da mesa ou do sofá, ele o pega e me dá: “mamãe, seu ceçular”. Nessas horas, me bate uma vergonha, digo: “pode deixar lá, filho, mamãe não precisa dele agora”, esperando que ele entenda que o celular não é tão importante assim.
Se sinto falta de ficar horas rolando a tela do Instagram, assistindo vídeos e conversando loucamente nos grupos dos amigos? Um pouco, mas acho que a maternidade nos traz a realidade da vida, nos faz crescer. Eu mudei, meu tempo mudou, meus gostos mudaram. Hoje, encontro felicidade ao ver meu filho feliz, brincando, interagindo, fazendo suas graças. E é fase, sei que mais para a frente terei mais tempo para mim e as preocupações irão mudar. Mas sei também que sentirei saudade de cada segundinho de brincadeira no chão e agarrões em cima da cama.
Você também pensa assim? Quantos desafios da maternidade surgiram na sua vida após se tornar mãe? Deixe nos comentários!
Imagem de capa: Canva
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