Entenda como o leite materno se ajusta ao que o bebê precisa, nutrindo, protegendo e impactando a saúde dele para a vida toda.
O leite materno é um alimento vivo, que adapta sua composição durante a mamada, ao longo do dia, e conforme o bebê cresce, semana a semana e mês a mês. Ele se molda às necessidades específicas do bebê, sejam elas nutricionais ou imunológicas.
É um alimento que conecta mãe e filho em um nível profundo, permitindo ajustes caso o bebê tenha necessidades especiais, como maior ingestão calórica, proteica, ou de vitaminas e minerais. Além disso, se o bebê estiver resfriado, por exemplo, o leite pode fornecer uma proteção imunológica adicional.
Os benefícios incomparáveis do leite materno
Amamentar também introduz o bebê, de forma sutil, aos hábitos alimentares da família, permitindo que ele experimente uma variedade de sabores através desse líquido tão precioso. Ainda há muito a ser descoberto sobre todos os benefícios do leite materno, que é verdadeiramente um alimento de ouro.
Recentemente, estudos têm destacado o papel da epigenética na amamentação. O leite materno pode ativar ou desativar predisposições genéticas, como o risco de desenvolver doenças crônicas como diabetes e hipertensão, atuando como uma chave de “liga” ou “desliga” para esses genes isso ocorre também devido à presença de fragmentos de DNA no leite materno.
O que sabemos é que ainda existe muito a ser descoberto sobre esse “alimento” precioso, um alimento que vai além da nutrição, contribuindo para a saúde e o desenvolvimento do bebê de maneiras ainda pouco compreendidas pela ciência.
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Desafios e importância da rede de apoio na Amamentação
Se o leite materno é tão poderoso, por que a taxa de aleitamento materno exclusivo nos primeiros seis meses de vida do bebê no Brasil ainda não ultrapassa os 50%? Embora amamentar tenha custo zero, exige muito da mãe, que se dedica a alimentar seu filho em meio a tantas outras demandas da maternidade. Muitos desmames ocorrem no primeiro mês.
Amamentar não é instintivo, nem “apenas colocar o bebê no peito”. Requer técnica, manejo adequado, além de muita força de vontade, disposição física e emocional, e um vínculo forte entre a mãe e a sua rede de apoio. Essa rede pode ser fundamental para o sucesso da amamentação, desde que evite comentários desmotivadores, como: “Dá logo a mamadeira, não precisa sofrer”, “Use um intermediário de silicone para proteger o mamilo”, ou “No meu tempo, não era assim”.
É crucial que os profissionais de saúde abordem o tema da amamentação durante o pré-natal, e que o(a) companheiro(a) participe desse preparo, pois será o principal apoio no pós-parto. Amamentar não é só responsabilidade da mãe; todas as pessoas ao redor dessa mulher precisam ser suporte, filtrando comentários inoportunos, afastando olhares críticos, e ajudando a mãe a seguir firme em sua decisão de nutrir seu filho.
Ter contatos de profissionais que apoiam a amamentação já durante a gestação é essencial. No mínimo, conheça o Banco de Leite mais próximo de sua residência e tenha ao seu lado profissionais que compreendem e apoiam o processo de amamentação.
Preparar-se para a amamentação ainda na gestação é o primeiro passo para construir uma experiência enriquecedora e benéfica para mãe e bebê. O apoio de profissionais de saúde e uma rede de suporte que compreende as necessidades e desafios desse processo faz toda a diferença. Lembre-se: o leite materno não é apenas um alimento, é um elo vital que nutre, protege e transforma, criando bases sólidas para uma vida saudável e conectada. Valorize esse gesto de amor, que realmente vale ouro, e permita-se viver essa experiência com confiança e apoio.
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