Descubra quando oferecer certos alimentos para crianças, seguindo orientações de especialistas.
Nas gerações passadas, era comum a oferta irrestrita de alimentos, independente da idade. Por isso, ainda é comum que muitas pessoas digam que todo esse cuidado “é frescura”, ou que “vários filhos foram criados assim e estão todos vivos”.
Mas ainda bem que os tempos são outros e que temos cada vez mais estudos mostrando a importância do respeito ao desenvolvimento e maturação dos órgãos da criança para evitar diversos tipos de doenças crônicas – antes tidas como “doenças de adulto” e que hoje, infelizmente, têm sido mais observadas em crianças de todas as idades, como obesidade, hipertensão, diabetes e colesterol alterado.
Por esse e outros motivos é que nós sempre reforçamos que:
Depois da introdução alimentar, que vai até os 24 meses, em que um vasto repertório de alimentos pode ter sido apresentado sem restrição.
Mas certos alimentos merecem um cuidado especial e devem ser apresentados em idades mais avançadas.
Reforçamos que nossas orientações seguem as recomendações de entidades nacionais e internacionais de saúde, como a Sociedade Brasileira de Pediatria e a Organização Mundial de Saúde.
Quando oferecer certos alimentos para crianças
Leite de Vaca
O consumo de leite de vaca não é obrigatório, caso a família não queira oferecer ou não seja costume da casa. Existem muitos outros alimentos que podem suprir as necessidades nutricionais da criança.
Se a família optar por oferecer, ao longo do dia e na soma de todos os lanches e refeições, o volume indicado de leite de vaca deve ser de até 500ml, o que equivale a 2 copos tipo americano por dia.
O consumo precoce e em grandes quantidades pode favorecer quadros de alergia à proteína do leite de vaca e/ou intolerância à lactose, maior risco de anemia e sobrecarga dos rins ainda na primeira infância.
Um dos maiores problemas causados pelo consumo excessivo de leite de vaca é a deficiência de ferro (anemia). Isso acontece porque o alto consumo de leite e derivados atrapalha a absorção de ferro.
Inclusive, no Brasil, existe a obrigatoriedade de suplementação de sulfato ferroso em crianças de até 2 anos, devido a elevada incidência de anemia ferropriva relacionada a esse consumo precoce e exagerado de leite de vaca.
Após essa idade, o pediatra ou nutricionista que acompanha a criança deve solicitar hemograma (exame de sangue para analisar o perfil de ferro e outros componentes do sangue) com periodicidade, para acompanhamento e indicação de suplementação, se necessário.
Fórmula Infantil
Depois de 1 ano de idade a criança não deve receber mais fórmula infantil. Sua transição para o leite de vaca ou desmame deve acontecer o quanto antes.
A seguir um esquema que mostra as quantidades de fórmula e leite de vaca para se fazer uma transição gradual. Assim, a criança se adapta aos poucos ao novo sabor.
Outra atenção que devemos ter é também com os chamados “leite de segmento para primeira infância” ou compostos lácteos, que não são indicados em nenhuma idade e não devem ser oferecidos. Eles são produtos ultraprocessados, com apenas partes de leite, riquíssimos em açúcares e gorduras e que, além de favorecerem o ganho de peso em excesso, também podem aumentar a recusa e seletividade alimentar.
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Queijos
Depois de um ano, a manteiga, iogurte e queijos podem estar presentes mais vezes na alimentação da criança, como opções de lanches e complementos de preparos.
Mas deve-se optar pelos queijos pasteurizados e mais claros (minas, branco, cottage, ricota, búfala ou muçarela), que têm menos sódio e gorduras saturadas na composição.
Queijos com fungos, como brie e gorgonzola, não devem ser oferecidos antes dos 4 anos, devido à imaturidade do sistema digestivo, que pode levar a graves intoxicações alimentares.
Sucos
Sucos naturais (sem adição de açúcar e sem coar), sucos integrais (100% fruta), preferencialmente diluídos, ou água de coco podem ser oferecidos depois de 1 ano.
Prefira estimular e oferecer a combinação de água + comer frutas ao longo do dia, deixando os sucos para momentos pontuais e em pequenas quantidades (até 120ml/dia e no máximo 2 vezes na semana).
Sucos industrializados seguem a mesma lógica de oferta, mas merecem maior atenção em relação à lista de ingredientes:
- As melhores opções são aquelas que têm a fruta e, no máximo, adição de água e/ou ácido ascórbico (que nada mais é do que a vitamina C cumprindo o papel de conservante).
- Evite escolher os chamados “néctar”, que tenham uma lista com mais de 3 ingredientes ou que tenham açúcares ou adoçantes na composição.
Leia também: Como escolher industrializados saudáveis para crianças em 3 passos
Para saber quando oferecer:
- Mel e açúcares
- Carnes, ovos crus ou mal passados
- Alimentos ultraprocessados
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