Descubra por que bebês não podem comer doces antes dos 2 anos. Saiba como escolher um ovo de páscoa saudável e outras receitas para celebrar este dia.
A Páscoa é uma data na qual muitas famílias se reúnem em volta da mesa e geralmente compartilham presentes em forma de chocolates.
Mas o bebê pode comer ovo de Páscoa?
Quando falamos de bebês menores de 2 anos pode surgir uma discordância entre os familiares que desejam presentear o bebê com um ovo de Páscoa ou outro tipo de chocolate e os cuidadores que conhecem os riscos de oferecer esse alimento tão precocemente.
Por que não oferecer ovo de Páscoa ou doce antes dos 2 anos?
O primeiro ingrediente dos produtos à base de chocolate comercializados costuma ser o açúcar, isso significa que ele está presente em maior quantidade sobre os outros ingredientes. Essa elevada quantidade de açúcar consumida na infância está relacionada ao maior risco de Obesidade na vida adulta, além disso, causa desajustes no cérebro do bebê.
Antes dos 2 anos de idade o cérebro, ainda em formação e imaturo, está aprendendo a liberar Dopamina, um neurotransmissor relacionado à sensação de felicidade e prazer, esse bebê está aprendendo a entender como seu corpo e cérebro reagem aos estímulos, às suas ações e às suas emoções.
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O açúcar é um estímulo externo que provoca uma liberação de Dopamina, com isso, talvez a regulação da liberação desse neurotransmissor não fique em seu ideal, o que pode provocar uma mudança na construção do cérebro infantil que não o ajuda a atingir seu máximo potencial.
Se para o cérebro de muitos adultos já é difícil lidar com a sensação de prazer gerada pela grande liberação de Dopamina que o açúcar provoca, imagina um cérebro ainda em formação! A criança é um ser desejante e os responsáveis pela alimentação infantil têm a função de sustentar a decisão do “Não, porque não é o momento” e isso basta.
Lembrar disso ajuda a sustentar, por exemplo, o medo irreal de não ser amado pelo filho na Infância. A relação entre pais e filhos é a relação mais importante e não será abalada por esse “Não”.
Reuniões familiares em volta da mesa são oportunidades de aprendizado e amor, o foco deve ser sempre aliviar tensões e tornar a alimentação prazerosa. Uma negativa íntegra, sincera e sem bronca ajuda a dar limitação para a criança e treinar sua própria resiliência. É importante vigiar as palavras para não colocar a criança num lugar de culpa e vergonha.
O cacau, ao contrário do açúcar, já está liberado nessa fase e é considerado um alimento funcional, pois seu consumo, dentro de uma alimentação e hábitos equilibrados, promove inúmeros benefícios à saúde.
Para as crianças maiores é possível utilizar algumas estratégias para escolher um chocolate de melhor qualidade e também para administrar o consumo dos chocolates, evitando excessos.
Leia também: Dia do chocolate – 7 receitas com chocolate para bebês
O que avaliar na hora de escolher um chocolate?
- Maior porcentagem de cacau: quanto mais cacau menos açúcar adicionado. O mínimo exigido é de 25%, as marcas que optam por informar esse % na embalagem geralmente utilizam maior percentual.
- Escolha um em que o açúcar não é o primeiro ingrediente.
- Presença de manteiga de cacau como fonte de gordura ao invés de gorduras vegetais não especificadas, gorduras hidrogenadas ou gordura do leite.
- Escolha um com o mínimo possível de aditivos, por exemplo, menos aromatizantes e corantes artificiais.
Como evitar o consumo exagerado?
- Chocolates podem ser congelados: essa é uma opção caso a criança ganhe uma quantidade muito grande. Para consumir basta retirar do congelador e estará perfeito.
- Utilizar em receitas como coberturas e recheios de bolos caseiros
A seguir apresento algumas receitas que podem ser facilmente preparadas para serem oferecidas aos bebês no momento das trocas de presentes em forma de chocolate, visando inclui-lo nessa celebração, principalmente bebês menores de 2 anos:
- Ovo brownie de colher
- Brigadeiro de colher
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Referências
1. Durães, Karine. A criança e os doces.
2. Aplicativo Desrotulando.
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