Como ajudar a criança a beber água: dicas para cada fase da infância

Dificuldade em ajudar seu filho a beber água? Veja dicas para incentivar esse hábito desde o início da introdução alimentar!

No mês de março é celebrado o Dia Mundial da Água, essa fonte essencial de vida para todos nós. E você, sabe como ajudar a criança a beber água?

Se você lida com a insistência do seu filho em pedir sucos ou refrigerantes sempre que está com sede, este conteúdo é para você. Também vale refletir: como está o seu próprio hábito de consumo de água no dia a dia?

Com a correria da rotina, muitas vezes esquecemos o quanto a água é essencial para o bem-estar e o desenvolvimento saudável — especialmente na infância. Por isso, separamos orientações importantes sobre como incentivar o consumo de água desde os primeiros meses de vida.

Bebês menores de 6 meses: só leite materno

Se o bebê mama exclusivamente no peito, não precisa de água. O leite materno já hidrata na medida certa.

Mas e quando está muito calor?

Observe seu bebê nos dias mais quentes — é comum que ele peça para mamar com mais frequência para se manter hidratado.

Caso o seu bebê use fórmula infantil, é importante conversar com o pediatra ou nutricionista infantil para verificar se há necessidade de oferecer água e em qual quantidade.

A partir de 6 meses: a água entra no cardápio

Com a introdução alimentar, a água passa a ser apresentada como parte da rotina. O foco não é a quantidade, mas sim o hábito.

O bebê ainda não sente sede e não pedirá água sozinho. Por isso, ofereça água de forma constante — pelo menos 5 vezes ao dia.

No começo, é normal o bebê brincar com a água. Com o tempo e a repetição, ele aprende a beber e desenvolve essa habilidade tão importante.

Outras bebidas? Só com cautela!

Mesmo as bebidas naturais, como água de coco, caldo de cana ou chás, não devem ser oferecidas antes dos 2 anos de idade.

Algumas orientações liberam sucos de fruta a partir de 1 ano. O ideal é observar o contexto social da criança. Uma oferta esporádica pode acontecer, mas com limite máximo de 120ml, sem adição de açúcar e preferencialmente ao final da refeição.

Essas recomendações continuam valendo mesmo depois dos 2 anos — a água deve sempre ser prioridade!

Fique atento aos rótulos das bebidas

Hoje em dia, há uma grande variedade de bebidas industrializadas voltadas ao público infantil. Mas muitas delas não são apropriadas para crianças, mesmo com embalagens coloridas e atrativas.

Confira a diferença entre os principais tipos:

  • Suco em pó: contém 1% ou menos da fruta. É um produto desidratado e adoçado.
  • Refresco: cerca de 20% de fruta diluída e adoçado.
  • Néctar: mínimo de 50% de fruta diluída em água potável e adoçado.
  • Suco: pelo menos 60% de fruta. A versão integral tem 100% da fruta, sem adição de açúcar.

Saber ler os rótulos é um passo essencial para proteger a saúde do seu filho e fazer escolhas conscientes.

Leia também: Leite, suco, açúcar… quando oferecer certos alimentos para as crianças?

Por que ajudar a criança a beber água?

O período da introdução alimentar e da alimentação infantil é uma janela de oportunidade para formar bons hábitos e prevenir doenças.

Estimular o consumo de água ao invés de bebidas adoçadas ajuda a evitar:

  • Excesso de peso e obesidade infantil
  • Cáries
  • Maior risco de diabetes
  • Perda do hábito de se hidratar com água pura

Além disso, oferecer sucos ou refrigerantes com frequência prejudica o aprendizado da criança sobre como matar a sede com o que realmente importa: água!

Dica final: dê o exemplo!

Se você quer saber como ajudar a criança a beber água, comece pelo básico: seja o exemplo.

Tenha uma garrafinha por perto, beba água com frequência e convide seu filho para beber com você. Crianças aprendem muito mais pelo que veem do que pelo que ouvem.

Lembre-se: para matar a sede, água!

Dificuldade em ajudar seu filho a beber água? Veja dicas para incentivar esse hábito desde o início da introdução alimentar!

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Giselle Gattai | Nutricionista

Sou Nutricionista com Especialização em Nutrição Clínica em Pediatria pelo Instituto da Criança - HCFMUSP. Me tornar mãe de duas meninas me transformou e hoje meu propósito é ajudar famílias a melhorarem a forma de se alimentar e a forma de conduzir a alimentação das crianças, contribuindo para a prevenção de doenças relacionadas à má alimentação. Acredito na Nutrição desde o início da vida, Nutrição que vai além dos alimentos que comemos, inclui a forma como comemos, onde nos alimentamos, com quem... Enfim, esse universo que envolve o comportamento alimentar.

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