A amamentação é um dos primeiros e mais importantes cuidados que uma mãe pode oferecer ao seu bebê, proporcionando diversos benefícios não só para a criança, mas também para a mãe. Entretanto, existem muitos mitos da amamentação que preocupam as mães e que geram dúvidas e inseguranças (como se a maternidade por si só já não fizesse isso né?).
Neste artigo, vamos desmistificar os principais mitos da amamentação e apresentar verdades para que você fique mais tranquila!
Mitos da amamentação para deixar pra lá
De todos os mitos da amamentação, tem algum que você jurava que era verdade? Isso acontece com mais frequência do que gostaríamos, confira abaixo os mais comuns.
1. O leite materno não é suficiente para nutrir o bebê
Isso é um mito! O leite materno é o alimento mais completo para o bebê até os 6 meses de idade, contendo todos os nutrientes necessários para o seu desenvolvimento saudável. Além disso, ele é facilmente digerido pelo bebê e se adapta às suas necessidades nutricionais em constante mudança.
2. A amamentação pode causar dor e desconforto
Embora a amamentação possa causar algum desconforto inicialmente, como dor nos mamilos ou ingurgitamento mamário, com o tempo e a prática, a maioria das mães se adapta e passa a sentir menos desconforto. É importante buscar ajuda de um profissional de saúde ou de grupos de apoio à amamentação em caso de dor persistente ou outras dificuldades.
3. A amamentação pode deixar os seios flácidos
Isso é um mito! O tamanho e a forma dos seios são determinados principalmente pela genética e pela idade da mulher, e não pela amamentação. Na verdade, a amamentação pode ajudar a fortalecer os músculos da região, prevenindo a flacidez.
4. O leite materno pode secar
O leite materno é produzido em resposta à sucção do bebê, portanto, quanto mais o bebê mama, mais leite é produzido. É raro que uma mãe não produza leite suficiente para o seu bebê, mas caso isso aconteça, é possível buscar ajuda de um profissional de saúde para avaliar a situação e indicar as melhores medidas a serem tomadas.
5. O bebê tem que ser amamentado a cada três horas
Isso é um mito! O bebê é quem determina o horário das mamadas. Nos primeiros meses, eles ainda não têm um horário definido para mamar e a mãe deve oferecer o peito sempre que o bebê demonstrar fome. Com o tempo, o bebê vai estabelecer seu próprio horário de mamadas.
Alguns bebês são rápidos e levam de 5 a 10 minutos para mamar, enquanto outros podem levar até 40 minutos. A mãe deve continuar amamentando até que o bebê perca o interesse, pois ele é quem vai determinar o tempo suficiente.
É importante que o bebê tenha uma boa “pega”, ou seja, consiga abocanhar a maior parte possível da aréola para evitar fissuras, em uma posição confortável tanto para ele quanto para a mãe.
6. A amamentação deve ser interrompida quando a mãe está doente
A maioria das doenças comuns não afeta a qualidade do leite materno. Na verdade, a amamentação pode ajudar a proteger o bebê de doenças, pois o leite materno contém anticorpos que ajudam a fortalecer o sistema imunológico do bebê. No entanto, é importante tomar precauções para evitar a transmissão de doenças infectocontagiosas para o bebê.
7. A amamentação impede a mãe de retomar sua vida social e profissional
A amamentação não deve impedir a mãe de retomar sua vida social e profissional. Existem várias maneiras de continuar amamentando, mesmo quando a mãe precisa se ausentar por algumas horas. Por exemplo, a mãe pode extrair o leite e armazená-lo para o bebê tomar mais tarde ou pode amamentar o bebê antes de sair e programar sua volta para logo após a próxima mamada.
Leia nosso artigo: Estoque de leite materno ao voltar para o trabalho – Como calcular em 3 passos
Verdades da amamentação para guardar com você
Agora que já falamos sobre os mitos da amamentação que você deve deixar pra lá, chegou a hora de falar algumas verdades também.
1. A amamentação pode reduzir o risco de doenças
A amamentação é benéfica tanto para o bebê quanto para a mãe, ajudando a reduzir o risco de diversas doenças. Para o bebê, por exemplo, o leite materno pode ajudar a prevenir infecções respiratórias, diarreia, alergias e obesidade. Já para a mãe, a amamentação pode reduzir o risco de câncer de mama, diabetes tipo 2 e depressão pós-parto.
2. O leite materno se adapta às necessidades do bebê.
O leite materno é um alimento vivo que se adapta às necessidades e fases do bebê. Durante a amamentação, o leite muda de acordo com cada mamada, hora do dia e idade da criança. Ele oferece todos os nutrientes necessários para a nutrição e fortalecimento do sistema imunológico do bebê. Existem três fases distintas do leite materno:
- Colostro – é o primeiro leite produzido, com aparência transparente ou amarelada, rico em proteínas e anticorpos essenciais para proteger o bebê;
- Leite de transição – produzido entre o 6º e 15º dia após o nascimento, é mais denso e volumoso, rico em gorduras e carboidratos;
- Leite maduro – começa a ser produzido a partir do 25º dia após o nascimento, com aparência esbranquiçada e consistente. É composto por proteínas, gorduras, carboidratos e outros nutrientes.
3. A amamentação pode fortalecer o vínculo entre mãe e bebê
A amamentação é um momento único e especial de conexão entre mãe e bebê, ajudando a fortalecer o vínculo afetivo entre os dois. Além disso, o contato pele a pele durante a amamentação pode ajudar a regular a temperatura corporal do bebê e promover o seu desenvolvimento emocional e cognitivo.
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A amamentação é um ato de amor e cuidado que pode trazer inúmeros benefícios para a mãe e para o bebê. É importante desmistificar os mitos que cercam este tema e buscar informações confiáveis para garantir uma amamentação tranquila e saudável. Não hesite em buscar ajuda de um profissional de saúde ou de grupos de apoio à amamentação em caso de dúvidas ou dificuldades.
Imagem de capa: Acervo pessoal Jessica Sanguedo
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